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Incubadora de empresas em universidades: quais os diferenciais?

O empreendedorismo está cada vez mais presente na sociedade. Alguns diriam até que está “na moda”. Com o advento das mídias digitais, do acesso à informação e da globalização, de modo geral, montar o próprio negócio se tornou uma opção viável àqueles que preferem trilhar este (árduo) caminho ao invés dos rumos mais tradicionais de trabalho. E muito desta cultura é fomentada pelas medidas de uma incubadora de empresas em universidades.

Com espaços que incentivam o desenvolvimento de ideias e suas aplicações práticas, uma incubadora de empresas pode ser definida como uma organização projetada para desenvolver um novo negócio, oferecendo a estrutura básica para que o mesmo não tenha um fim precoce. Por isso leva esse nome, que remete ao significado da palavra incubação nas áreas da biologia e da medicina como sinônimos de manutenção e desenvolvimento de um ser.

Hoje em dia muitas universidades já possuem suas próprias incubadoras de empresas, e oferecem aos acadêmicos uma vivência prática de suas pesquisas. Mas afinal, será que é vantajoso destinar recursos e estrutura própria para isso? Quais são os reais benefícios para as empresas? E como impacta à comunidade em sua volta?

Para buscarmos as respostas sobre os diferenciais de se ter uma incubadora de empresas em universidades, direcionamos o olhar para dentro do Centro de Incubação de Empresas da Região Sul, a incubadora da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

O CIEMSUL

incubadora de empresas

Na UCPel a incubadora existe desde 30 de junho de 2000, data em que foi fundado o Ciemsul – o Centro de Incubação de Empresas da Região Sul. A sua missão é ajudar potenciais empreendedores, auxiliando no planejamento e dando uma estrutura base inicial para desenvolver projetos. Desde então, o Ciemsul está subordinado ao Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR), órgão vinculado à Reitoria da Universidade.

A incubadora da UCPel também possui outros objetivos, ainda mais ambiciosos e que dizem respeito ao avanço da região. Podendo ser citados, entre eles:

  • O aumento da taxa de sobrevivência das empresas;
  • Geração de produtos, processos, e serviços decorrentes da adoção de novas tecnologias;
  • Aumento da interação entre o setor empresarial e as instituições de pesquisa;
  • Geração de emprego e renda.

Nestes anos, muitas foram as empresas alavancadas e que passaram a caminhar com as suas próprias pernas, ou seja, “graduadas” pelo Ciemsul, como se costuma dizer no meio. E atualmente, mais de dez startups ainda ainda estão sob sua estrutura.

E sob a ótica da universidade, é possível dizer que a incubadora se torna um grande atrativo para os alunos, em especial àqueles cursando as disciplinas de gestão. A vivência prática possibilita experiências únicas, e faz o aluno sair preparado da faculdade e enfrentar o mercado de trabalho de peito aberto e com projeções realistas. E muitas vezes já engatilhados em seus próprios negócios.

No vídeo abaixo, você confere mais detalhes sobre os impactos do Ciemsul ao saber um pouco da história de diversos empreendedores e ideias de sucesso que passaram pela incubadora:

Cases de sucesso

Eficiobra

Logo da startup Eficiobra

A Eficiobra está hoje entre os principais exemplos de empresa que saiu da incubadora do Ciemsul e hoje atua com sua própria autonomia. O negócio impacta na área de habitação, realizando pequenas reformas, com foco na salubridade das moradias.

No seu primeiro ano de atuação “com as próprias pernas”, a ex-incubada realizou oito obras. Já no segundo, realizou 18, e no atual e terceiro ano de atuação, até agora, já atingiu a expressiva marca de 72 obras.

“A incubadora nos ensina a empreender. Porque em qualquer curso de graduação a gente não aprende de fato. Então nos deu uma visão de como começar de uma forma estruturada e como conseguir montar um planejamento a curto, médio e longo prazo”, conta Cristina Rozisky, co-fundadora da Eficiobra e comandante do negócio ao lado da sócia Isadora Passeggio.

Assim, a Eficiobra contribui para a população de baixa renda, possibilitando reformas através de pagamentos parcelados, para pessoas que possam pagar, e obras subsidiadas para aquelas em situação de maior vulnerabilidade econômica.

Fácil Consulta

Logo da Fácil Consulta

A Fácil Consulta foi perspicaz em observar uma dor de mercado muitas vezes sequer percebida pelas pessoas: a dificuldade em marcar uma consulta médica. Seja pela dificuldade na busca de um profissional capacitado e disponível ou por problemas de sua própria agenda, muitas pessoas enfrentavam este dilema diariamente, e foi aí que surgiu a ideia de uma startup destinada à tornar todo o processo mais simples.

“Até o momento já são mais de 60.000 pessoas que usam a Fácil Consulta como meio de agendamento e conseguem ter acessos a profissionais qualificados com um preço que cabe no bolso”, declarou Patrick Goulart, CMO e co-fundador da Fácil Consulta.

Se hoje a startup de Patrick já atinge números expressivos, parte deste sucesso se deve ao impulsionamento dado pelo Ciemsul. “Participar da incubadora favoreceu em diversos pontos, como: infraestrutura, network, consultorias, assessorias, etc. Porém, para a Fácil Consulta o que mais fez diferença foi estar atrelado ao nome da Universidade Católica. Era nítido que estar atrelado à instituição tinha um diferencial”, complementou.

DreamTech

Logo da DreamTech

No ramo da automação residencial, a DreamTech trabalha com engenharia de soluções inteligentes em moradias e ambientes corporativos. Contribui significativamente para tornar Pelotas uma cidade mais conectada às tecnologias existentes mundo afora, primordialmente na Europa, onde já atinge um percentual de 20% de casas inteligentes. A empresa vem buscando inovar e, buscando referência de fora, se consolida implementando essas tecnologias nas casas pelotenses.

“A estrutura do Ciemsul é importante para que a gente possa atender nossos clientes e fazer reuniões. E no âmbito educacional e da parte que temos de capacitações, essa estrutura é muito importante para que nos oriente e nos ensine efetivamente a como gerenciar um negócio, o que vai diminuindo os nossos erros”, comenta Rociele Prietsch, CEO da DreamTech.

Incubadora de empresas e o desenvolvimento regional

O Ciemsul cumpre com rigor o papel social ao qual está disposto e se mantém fiel ao seu valor: promover o desenvolvimento da região. Todo este apoio estrutural aos negócios, e a fomentação da criatividade dos incubados se converte em melhores serviços à comunidade de Pelotas.

É o que reforça o atual coordenador do EDR, Fábio Castro Neves. “Uma incubadora de empresas em universidades é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da região. Ela consegue alavancar a nossa economia, gerando emprego e renda. E está dentro da visão da nossa universidade. Então serve como uma referência para toda a comunidade acadêmica de como criar negócios a partir de suas expertises”, diz Fábio.

De acordo com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), o Brasil conta hoje com mais de 350 incubadoras de empresas espalhadas pelo Brasil. Um levantamento de 2016 apontou que mais de cem trabalhos de incubadora de empresas eram ligadas a universidades.

E ainda segundo a Anprotec, 16 das 20 melhores instituições acadêmicos do país são detentoras de uma incubadora, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), entre outras.

Como é possível observar, contar com uma incubadora de empresas significa formar novos negócios e formar profissionais mais capacitados para o mercado de trabalho. O que, consequentemente, traz retorno para a imagem da universidade e a torna mais atrativa para angariar novos alunos.

Agora que você já sabe os diferenciais de uma incubadora de empresas em universidades, leia mais artigos em nosso blog. Saiba o que é uma Startup, informe-se sobre a estrutura da UCPel, e como aliar teoria e prática nas gestões.

2 comentários em “Incubadora de empresas em universidades: quais os diferenciais?

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