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Profissionais da Psicologia aderem ao teleatendimento

Psicólogos egressos da UCPel contam suas experiências com teleatendimento
Psicólogos egressos da UCPel contam suas experiências com atendimento on-line

“Ao mesmo tempo que estamos muito distantes, cada um na sua casa, as ferramentas on-line nos uniram de uma forma que não imaginávamos”, comenta a psicóloga clínica, Isadora Graziadei. Egressa do curso de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a profissional é uma entre tantos que adotou o teleatendimento depois que as medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) foram implementadas no país. Dessa forma, a alteração de rotina ofereceu benefícios tanto para os pacientes quanto para os psicólogos.

O atendimento realizado através de tecnologia é liberado desde 2012 pelo conselho federal da categoria. Se antes era pouco usual, a prática tornou-se indispensável em um cenário de isolamento social. Isadora conta que alguns pacientes aderiram, entretanto, outros não. Quem aceitou o desafio, não teve seu tratamento interrompido e, sobretudo, pôde usufruir de um formato diferente de consulta. “Quebrei o tabu que eu mesma tinha em relação ao teleatendimento em Psicologia”, entrega.

Psicologia mediada

Na opinião da psicóloga Ane Cristina Thurow, também egressa da UCPel, é necessário se adaptar em situações adversas. “Precisamos modificar a forma de atendimento. Antes, era no consultório. Agora é de casa mesmo. Utilizamos os aplicativos para seguirmos conectados”, comenta. A maior parte de seus pacientes, surpreendentemente, optou por continuar com o tratamento através de meio virtual.

Em uma situação atípica, a psicoterapia torna-se mais importante para quem apresenta sintomas de ansiedade, medo e insegurança. Portanto, são muitas transformações em sentimentos, pensamentos e também no comportamento. “É um momento de percepção de si, buscando um equilíbrio para viver esse momento de distanciamento social, que é tão único”, avalia a profissional.

Teleatendimento veio para ficar   

A transformação no modo de se relacionar com os pacientes também foi experienciada pelo psicólogo João Arturo Dorner, formado pela UCPel. Além do trabalho em consultório, atua desde 2018 como psicólogo do Instituto de Menores Dom Antônio Zattera. Mas, com as atividades presenciais suspensas, ele passou a trabalhar pelo TeleConsulta, um serviço da Católica em parceria com a prefeitura.

“É um atendimento de uma vez só. As pessoas ligam com questões, com dúvidas, com sintomas de tristeza, de ansiedade, que podem ser comuns da gente estar experimentando neste momento de pandemia”, conta João Arturo. Anteriormente, ele não havia utilizado a tecnologia para interagir com os pacientes.

Com o incentivo desta prática, um universo de possibilidades abriu-se para os profissionais. Nesse sentido, Isadora pretende seguir com o teleatendimento em Psicologia após o período de isolamento social. Acredita que, através da psicoterapia on-line, está sendo possível contornar a situação da saúde mental. “Somos muito resilientes – e é essa resiliência que tento passar para as pessoas, principalmente nesse momento, porque é ela está nos dando forças para enfrentar as angústias que estão pelo caminho”, acredita.

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