Mediante a pandemia do Coronavírus, a produção de álcool gel está abaixo da necessidade apresentada pelo mercado brasileiro. A compra do item por hospitais também está extremamente difícil devido ao alto preço praticado por fornecedores, o que vem estimulando instituições de ensino a fabricar o produto. Na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), o curso de Farmácia já produziu 150 litros de álcool gel em um único dia.
Além dos professores, alunos também serão responsáveis pela continuidade da produção de álcool gel. O Laboratório de Farmacotécnica da Universidade, juntamente com outro localizado dentro do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), farão parte de toda a produção. Para dar conta da demanda de Pelotas e municípios vizinhos, uma parceria entre UCPel, UFPel, IFSul e Governo do Estado foi firmada.
A partir da disponibilização de insumos como álcool etílico absoluto e polímero Carbopol , duas substâncias indispensáveis na fabricação do álcool gel, as três instituições juntas esperam produzir 10 mil litros de álcool gel em curto período de tempo.
“Toda a nossa produção de álcool gel será destinada ao uso de hospitais e unidades básicas de saúde com atendimento voltado a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Professor Elemar Maganha
Álcool gel na prevenção do novo coronavírus
O uso do álcool gel é eficaz como forma de prevenção ao coronavírus. Todavia, seu uso deve ser usado como uma segunda possibilidade – o mais indicado é lavar as mãos de forma correta com água e sabão. E quando isso não for possível, o álcool gel é sim uma forma eficaz de higienizar as mãos.
Já o álcool líquido pode ser utilizado para desinfetar todo o tipo de objeto, como celulares, maçanetas, máquinas de cartões de crédito, enfim, tudo o que seja tocado por muitas pessoas com frequência. O item também é indispensável no ambiente hospitalar por evitar infecções, o que pode salvar muitas vidas.
Primeiramente, é importante saber que o álcool (tanto em gel quanto líquido) com ação antimicrobiana é o etílico ou isopropílico 70%. Ou seja, sua composição pode matar bactérias, fungos e vírus presentes em superfícies. Ainda é necessário atentar ao 70%, pois esta porcentagem de álcool é a mais indicada ao combate ao coronavírus e outras doenças. Uma porcentagem menor de álcool pode não ser efetiva e maior pode irritar a pele.
De acordo com o professor da UCPel, Renato Vianna, o álcool em gel é mais indicado ao uso da limpeza das mãos por conter glicerina e uma textura mais agradável, que adere na pele. O álcool líquido como escorre facilmente pode prejudicar o efeito antimicrobiano.
Ainda está difícil comprar álcool gel em mercados, farmácias e perfumarias, pois o abastecimento do produto não foi normalizado. Em alguns sites, o produto pode ser encontrado mas com valor elevado.